João 15: 16 – “Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda. ”

Eu sempre fico muito impressionado quando leio a história do povo de Israel, no antigo testamento, e vejo como esse povo que presenciou tantos milagres extraordinários feitos por Deus em vários momentos, e sendo libertados da escravidão, pôde, logo em seguida, fabricar para si um deus, no formato de um bezerro, de ouro, e dizer que foi esse deus, que eles acabaram de criar, que os tirou da terra do Egito (Êxodo 32:4). Parece algo inconcebível.

E aí olhamos para nós e, eu creio, que até afirmamos com toda a convicção que nós jamais faríamos uma atrocidade dessa; trocar o Deus verdadeiro por um deus feito pelas nossas próprias mãos, ou imaginação.

Porém, hoje, na meditação matinal, o Senhor me mostrou que nós fazemos isso constantemente, e nem percebemos. Nós escolhemos, para nós mesmos, o nosso “deus”.

Percebemos que isso acontecia já no tempo do Apóstolo Paulo, quando, escrevendo aos Coríntios, os repreendia porque uns tinham “escolhido a Paulo”, outros escolheram “Apolo”, (I Coríntios 3:4), e talvez alguns até diziam com todo o orgulho, “nós escolhemos a Cristo”, e com isso se achariam mais espirituais que os outros. Mas todos tinham escolhido para si o seu “deus”, para que esse deus lhes fizesse tudo o que pedissem.

Nós afirmamos com toda naturalidade e até com certo orgulho que “o Senhor Deus é o meu Deus! ” E provavelmente falamos com Ele dizendo: “Tu és o meu Deus! ”, e não percebemos que apenas O escolhemos para que Ele seja o nosso ídolo e nos faça tudo o que pedirmos.

A grande diferença é termos a certeza e a convicção de que foi Ele, o Senhor Deus que nos escolheu, e, portanto, nós somos servos Dele. Aí sim, Ele será o nosso Deus!

É isso que Jesus está nos ensinando no versículo inicial. “Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós. “ Porém fomos escolhidos por Ele para um propósito, para darmos fruto, e o fruto deve permanecer. E a consequência disso é que: “tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda. ”

Creio que antes de afirmarmos ao Senhor nosso Deus, de que “Tu és o meu Deus”, devemos nos perguntar, somos realmente servos de Deus? Ou apenas O escolhemos para ser o nosso ídolo para que faça tudo o que pedirmos? Estejamos atentos!