De maneira muito sucinta vamos nos referir aos instrumentos de cordas mais tradicionais.
Começando com a Família do Violino temos os seguintes instrumentos
Violino
Viola
Cello ou Violoncelo
Contrabaixo, também conhecido por Baixo Acústico.
Família do Violino
Violino:
É o instrumento mais agudo desta família. A sua execução é bastante difícil, pois exige agilidade e domínio pleno do instrumento. O tempo de estudo é demorado, por isso incentiva-se que o seu aprendizado deve começar quando criança, a partir dos 4 ou 5 anos de idade. Com o tempo de estudo, o aluno começa a dominar a técnica, a destreza, o domínio do instrumento, e a sua sonoridade fica mais límpida. Para que a criança possa estudar o violino a partir dos 4 anos de idade, ela necessita do instrumento para o seu tamanho. Por isso o violino é encontrado em 5 tamanhos diferentes. O menor, de tamanho 1/8; depois, 1/4; 1/2; 3/4; e o tamanho normal, 4/4, ou, inteiro. Em ocasiões excepcionais, se houver professor(a) que ensine, é possível iniciar o ensino de violino para crianças a partir de 2 ou 3 anos. Nesse caso o tamanho do violino é ainda menor, do tamanho de 1/16.O violino é o instrumento fundamental para qualquer Orquestra Sinfônica, pois é ele que é responsável, geralmente, pela melodia da obra. Na pauta (ou pentagrama) do violino é usada Clave de Sol. Em alemão, o nome é mais específico, violinschlüssel, ou seja, chave do violino, ou clave do violino.O seu formato praticamente se manteve o mesmo desde o período Barroco. Apenas as cordas mudaram, pois no início eram fabricadas com tripas de animais. Apenas no século XIX as cordas passaram a ser fabricadas com aço.
Mas sempre há aqueles inovadores, e estes começaram a construir violinos elétricos, e deram formas diversas ao violino, de acordo com a criatividade de cada um, pois o violino elétrico não exige caixa de ressonância. Porém estes violinos não são aceitos ou usados em uma Orquestra Sinfônica, mas apenas em Bandas de Rock, ou outras Bandas populares.
O arco, apesar de parecer o mesmo formato, sofreu a mudança mais drástica; no início, a curvatura da vara, em cujas pontas se fixavam as crinas, era convexa. A partir do século XVIII ela passou a ter uma curvatura côncava, que permite uma maior pressão das cordas. Estas, as cordas, sim, continuam sendo fabricadas com o mesmo material, isto é, com a crina de rabo de cavalo.
Viola:
Pelo seu formato, a Viola pode ser confundido com o violino. A diferença está no seu tamanho, que é um pouco maior, e a caixa de ressonância é também um pouco mais alta. Portanto a sonoridade da viola é um pouco mais grave. As cordas da viola, a partir da 1a., a mais aguda, são: La, Re, Sol, e Dó. Comparado com o violino, as cordas deste são: Mi, La, Re, e Sol. Percebe-se que as 3 cordas intermediárias são as mesmas em ambos os instrumentos, e que no violino é acrescentado uma corda mais aguda, o Mi, e na viola é acrescentado uma corda mais grave, o Dó. Como a posição para executá-la é a mesma, muitas vezes o violinista também toca a viola, porque a posição dos dedos é a mesma. No entanto na pauta da viola usa-se a Clave de Dó. A importância da viola na Orquestra Sinfônica é também muito importante, porque ela completa a harmonia de uma obra musical, e sem as notas e o som da viola, fica um vazio na harmonia em uma apresentação.
Violoncelo:
Todos os instrumentos da família do violino mantém, básicamente, um mesmo formato. O que os diferencia é o seu tamanho, e consequentemente, a sua maneira de executá-los. O violino e a viola são firmados entre o ombro e o queixo, e sustentando-os assim com a mão esquerda, e usando o arco com a mão direita. O Violoncelo é executado
firmando-o entre as duas pernas, numa posição sentada, e sustentado com um espigão, um ferro que apoia o instrumento no chão.
O arco também é tocado com a mão direta. As notas das Cordas do violoncelo, a partir da 1a., a mais aguda, são as mesmas da viola; La, Re, Sol, e Dó. Mas, naturalmente, pelo tamanho do violoncelo, os sons deste soam uma oitava mais grave que da viola. Na Orquestra, o Violoncelo, também chamado de Cello,exerce uma função também de suma importância, porque ela sustenta o baixo de uma harmonia, isto é, as notas graves, a base de uma harmonia ou de um acorde.
Contrabaixo:
O Contrabaixo, também conhecido como Rabecão, ouBaixo Acústico, é o mais grave da família do violino, e um dos mais graves de toda a Orquestra. Inicialmente era construído com apenas 3 cordas, mas hoje ele é fabricado com 4 cordas, como os outros instrumentos desta família. Os nomes das suas cordas, começando da mais aguda, a 1a., são as do violino invertidas. Lembrando, as cordas do violino são, Mi, La, Re, e Sol, e agora do Contrabaixo, a partir da mais aguda são: Sol, Re, La, e Mi. Há Contrabaixos hoje construídos com 5 cordas, acrescentando uma corda mais aguda, de nome Dó.
Como é um instrumento muito grande, a sua altura, chega a 2 metros, com o espigão apoiado no chão. Por isso ocontrabaixista o toca em pé, ou sentado em uma banqueta alta, que quase o mantém na posição em pé.
As notas do Contrabaixo soam uma oitava mais grave que do Violoncelo. Por isso, na sua pauta, usa a clave de Fa, com o número 8 ao lado, significando que as notas dele soam uma oitava mais grave do que aparece na pauta. Isso é feito para evitar usar linhas suplementares excessivamente, complicando assim a leitura.
A sua sonoridade é importantíssima numa Orquestra, porque seu som grave dá base e peso a uma obra musical.
INSTRUMENTOS DE CORDAS POPULARES
Violão
O instrumento de cordas mais popular é o Violão. Também conhecido como violão acústico. Seu “parente” modernizado é a conhecida Guitarra Elétrica. O violão é um instrumento de cordas, com uma caixa geralmente de madeira, que facilita a propagação do som. Em alguns países de língua espanhola é conhecido como guitarra.
O violão no Brasil
No Brasil,acredita-se que o violão tenha sido trazido pelos portugueses durante a colonização do país.
A utilização do violão é umas das mais diversificadas, podendo ser utilizado tanto na música instrumental (orquestras), quanto em acompanhamento da voz (canções solo) ou como instrumento solo. Por um período da história o violão foi difamado por ter sido um instrumento preferido dos boêmios e seresteiros, levando o título de “instrumento marginal”, “coisa de vagabundo”. Porém essa fama já foi superada.
Villa-Lobos, importante violonista brasileiro, tem escrito diversas obras para violão, incluindo obras que deram ao violão um aspecto erudito, sendo utilizado como instrumento solista acompanhado por orquestra.
Bandolim
É um instrumento muito característico, com sua forma de fundo abaulado, hoje usando 4 cordas duplas de aço, ao invés das cordas de tripa da antiguidade. Usa a mesma afinação do violino, começando com a mais aguda, a 1a., os nomes são: mi, lá, re, e sol. Essa é a afinação do Bandolim Napolitano. É tocado com uma palheta. Muitos são fabricados e pintados com desenhos ornamentais.
Bandolim Detalhes do ornamento de um Bandolim
Banjo
O Banjo é um instrumento de origem americana, no início usado principalmente pelos negros americanos. Instrumento com um braço dividido por trastes, igual ao do Violão ou Bandolim, cuja característica é a sua caixa de ressonância, que é parecido com um pandeiro. Depois de muitas mudanças quanto ao número de cordas, começando com uma e chegando até sete cordas de aço, finalmente firmou o número de cordas o mesmo que o Bandolim, isto é, 4 cordas, e as mesmas notas. Da 1a., a mais aguda, até a 4a, fixando os nomes em: Mi, La, Re, e Sol. Também tocado com uma palheta.
Banjo de 4 cordas
Cavaquinho
É um instrumento que parece uma miniatura de um violão. Possui uma pequena caixa acústica, por isso seus sons são mais agudos. Possui apenas 4 cordas de aço, na afinação, Sol, Do, Mi, e Sol. Por ser um instrumento de pequeno porte, pode ser levado como se fosse um Pochete. Instrumento para uso popular de canções folclóricas e populares. Também tocado com palheta.
Cavaquinho
*Fontes:
* Dicionário de Música Ilustrado – Vol I e II -Tomás Borba e Fernando Lopes Graça
* História de Música “Pelicano” – I Vol.
*Instrumentos da Orquestra – Roy Bennett ;
*Strings and Things – Building a Successful Instrumental Program – Phillip C. Posey