Lucas 1: 35 “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso o que lhe há de nascer será santo, chamado Filho de Deus”.
Este certamente é o anúncio de um nascimento mais extraordinário da humanidade. Maria seria coberta por uma sombra, que seria do Espírito Santo, e nela então seria gerada um embrião, que seria de um menino. Este menino seria santo, e seria chamado o Filho de Deus. Podemos imaginar a perturbação de Maria?

Para nós, hoje, isso soa muito natural, pois conhecemos a história toda, e o resultado dessa conversa do anjo com a Maria.

Mas imaginemos a reação de Maria. Em primeiro lugar a aparição de um anjo. Este é o Anjo Gabriel, que recebe de Deus a incumbência de avisar Maria do que iria acontecer (Lucas 1:26). Ele chega e entra no local onde Maria estava, talvez no quarto, ou na sala. Ela estava sozinha. O homem (anjo) entra e lhe saúda, dizendo: “Alegra-te, agraciada! O Senhor é contigo”. Imaginem o susto de Maria. Entra um homem estranho na sua presença e lhe saúda dessa maneira. É claro que ela se perturbou muito e não entendeu o que significava aquilo (1:29).

Aí o homem anjo, lhe completa a perturbação. ... “Tu conceberás e darás a luz um filho, e lhe darás o nome de Jesus”. E não ficou só nisso, pois imediatamente começa a descrever como será toda a história do menino. Ele será grande, será chamado de Filho do altíssimo. E Deus, o Senhor, dará a ele o trono de Davi, e ele reinará para sempre.

Imagine tudo o que passou pela cabeça de Maria. Mas ela se lembrou apenas de um detalhe: “Como será isso se não tenho relação com nenhum homem? ” Aí vem a explicação do anjo, no nosso texto inicial. “Ficarás grávida através da sombra do Espírito Santo”. E Maria simplesmente aceitou, sem questionar. “Que se cumpra em mim conforme tua palavra”.

Certamente a aceitação e a disponibilidade de Maria aconteceram porque ela era uma escolhida por Deus, pois havia nela o temor de Deus. Repetindo: havia nela o temor de Deus. Creio que esse temor e a nossa disponibilização a Deus é o que mais nos falta hoje.

Perdemos o temor a Deus, e achamos até que Deus é que deve nos temer, pois temos coragem de orar a Deus “ordenando” a ele. É ele quem deve nos obedecer. Fugiu de nós o temor de Deus.

Como tem sido as nossas orações a Deus? Em nossas orações exigimos a resposta? E se Deus resolve não nos atender, ou responder diferente ao nosso desejo, como temos reagido? Ficamos irados contra Deus? Saímos da igreja?

As nossas reações contra Deus demonstram que temos perdido o temor de Deus, pois não aceitamos as suas respostas. Que neste Natal possamos refletir como tem sido as nossas reações e as nossas ações em relação a Deus. Temos exigido de Deus, ou temos aceito os planos e propósitos Dele para a nossa vida, que são sempre os melhores? Estejamos atentos.